Friday, May 10, 2013

Androginia



Gênero e moda traçam um novo paralelo e se despem de ideias preconcebidas. Entre o masculino e feminino reside uma linha singular que expõe a androginia como território da indústria que lida com a construção de identidades, desejos e sexualidade. Longe do dilema shakespeariano do "ser ou não ser" há muito tempo que o segmento do vestuário acenou em largar de mão os rótulos sexistas para transgredir os limites das convenções. Do cinema às passarelas, editoriais e campanhas que contextualizam rostos, corpos e comportamentos carregados de interrogações que vasculham o que há sob a roupa, sedimenta-se um mercado que congrega a moda andrógina. Sobretudo, a proliferação de marcas e lojas dirigidas às mulheres que são fiéis ao conteúdo do armário elaborado para homens.
A alfaiataria minimalista apoiada no conforto é o fio condutor.  Blazers, smokings, calças e camisas...  E mais: coletes, sapatos brogue, cintos, chapéus, gravatas, abotoaduras e suspensórios colaboram para o visual de mulheres que optam pelas linhas simples sem perder a sofisticação.  A busca rotineira pelos produtos nas lojas estritamente masculinas - ou nas seções varonis das redes de departamento - alertou o mercado para o vácuo de uma demanda crescente.  Algumas marcas saíram na frente com o conceito da roupa clássica do sexo oposto moldada para corpos mais curvilíneos. A iniciativa comercial traz alívio para consumidoras cansadas de cruzar os dedos por tamanhos pequenos e já acostumadas aos ajustes antes de vestir a peça escolhida na vitrine.


"Sinta-se bem consigo mesmo,não tenha vergonha de vestir o que te deixe feliz VALORIZE - SE... Afinal ninguém é dono do seu nariz " - Eduardo Holanda 

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